A Comissão Parlamentar de Inquérito instalada pela Câmara de Vereadores de Sarandi para investigar a obra da ciclovia ouviu cinco depoimentos na tarde do dia cinco de outubro. Foram ouvidos o arquiteto da prefeitura Norton Faccenda, a engenheira Renata Signor, o ex-diretor do Departamento Municipal do Meio Ambiente José Braga, o engenheiro Sandro Bonfanti responsável pela empresa credenciada pela Caixa Federal para acompanhar a obra da ciclovia e o presidente do PC do B de Sarandi, Vladimir Mayer.
O engenheiro Sandro Bonfanti respondeu a vários questionamentos da relatora da CPI, vereadora Denise Gelain, entre eles, qual a opinião do profissional sobre os pareceres da Caixa Federal apontando má qualidade na obra .
Indagado sobre vistorias feitas onde constatou-se não haver brita na espessura exigida e que a ciclovia ainda não havia sido entregue pela Caixa Federal em razão de alguns reparos que deviam ser feitos o engenheiro disse desconhecer isso.
O segundo depoimento foi do arquiteto Norton Faccenda que disse ter auxiliado a engenheira da prefeitura na época para a elaboração dos desenhos, afirma que hoje ele é o fiscal da ciclovia após a saída da engenheira. O arquiteto foi indagado sobre avaliações da Caixa Econômica Federal, CEF, constatando como péssima a qualidade da obra e o que a prefeitura fazia nessas ocasiões, e , foi também perguntado se atestava a má qualidade em partes da obra onde uma vistoria constatou que a espessura era menor que a que constava no projeto .
Perguntado sobre os motivos da prorrogações para o o termino da ciclovia Norton Faccenda disse não saber os motivos mas que a empresa responsável era sempre notificada.
A engenheira Renata Signor disse que o projeto da ciclovia “ foi muito difícil, o Daer demorou quase um ano para aprovar, disse ter feito praticamente todo o projeto junto com o Norton e o topógrafo da prefeitura.. Ele foi também perguntada sobre as avaliações da CEF classificando como de má qualidade a obra e também sobre a constatação de concreto fraco na obra e sobre os motivos das prorrogações para entrega da ciclovia.
A engenheira foi perguntada pelo vereador Luiz Carlos Lucietto sobre os locais onde constatou-se espessura de cinco centímetros de concreto onde essa camada deveria ser maior e porque a ciclovia não foi entregue pronta em 2011 conforme cronograma Renata disse que ocorreram muitos problemas graves, como, drenagem em locais de muita rocha e perguntada sobre diferentes espessuras no piso da ciclovia disse que , “ talvez seja por falta de fiscalização “
Outro depoimento foi do ex-diretor do Departamento Municipal do Meio Ambiente, José Braga que respondeu perguntas sobre os projetos e licenças ambientais da cliclovia . Os depoentes também responderam perguntas sobre a mudança no traçado da ciclovia , sobre os locais onde a obra estava se deteriorando antes de ser inaugurada, sobre a compra de grama para taludes nas margens da ciclovia, iluminação e a troca de material nos locais onde há travessia de automóveis sobre a ciclovia entre outras indagações dos vereadores .O ultimo depoimento foi do presidente do PC do B de Sarandi Vladimir Maier que foi indagado como tomou conhecimento de relatórios da CEF apontando irregularidades na obra , o dirigente partidário é autor de ação judicial contra a prefeitura pela obra da ciclovia. Na época do incio da ciclovia Mayer era secretário municipal da habitação e disse desconhecer tambem possível levantamento do numero de pessoas que usariam a ciclovia diariamente conforme divulgado na época pala prefeitura.
Participaram da reunião os vereadores Luiz Carlos Lucietto, Ozeno Picollo, Glauber Kunzler, Denise Gelain e Clodoaldo de Quadros além da assessora jurídica da Câmara de Vereadores Karina Toazza. Segundo o presidente da CPI, vereador Luiz Carlos Lucietto, outros depoimentos serão ouvidos nos dias 19 e 26 de outubro. Lica diz que ainda não pode comprovar se há irregularidade na obra mas destaca, “ existem muitas contradições “ ( Jose Leal-Divulgação Câmara de Vereadores)